sábado, 5 de setembro de 2015

LIVRE ARBÍTRIO.


TESE DE BOM SENSO.

Muito se estudou sobre a liberdade humana, os direitos e a moral, o bem e o mal.
A grande maioria dos filósofos e seus sistemas de pensamento, ao explicar ou apenas analisar a conduta humana e seus regulamentos pessoais, sociais e sua ética, baseou-se na idéia do livre-arbítrio, que a grosso modo, constitui-se na capacidade, ou faculdade que o ser humano teria de escolher suas próprias ações de modo livre, e conseqüentemente, em essa escolha sendo livre, o homem também seria responsável por suas ações.


A existência do livre-arbítrio tem sido uma questão central na historia da ciência.
O conceito de livre-arbítrio tem implicações religiosas, morais, psicológicas, filosóficas e cientificas. Afinal o que é o livre-arbítrio? Este conceito é demasiadamente controvertido, sendo que alguns estudiosos não aceitam e negam sua existência e outros afirmam sua existência.


O dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa afirma que livre-arbítrio “denota a possibilidade de decidir, escolher em função da própria vontade, isenta de qualquer motivo ou causa determinante; é faculdade própria do homem que pelo fato de possuir a razão ou pela capacidade de ser racional é capaz de escolher entre várias possibilidades; é o poder de agir de determinada forma, ou deixar de agir, sem nenhuma razão para tal escolha a não ser o próprio alvedrio; é a escolha dirigida pela vontade, de sorte que o individuo age de certa maneira, porque assim que sente-se responsável pelo ato praticado”.


O livre-arbítrio sempre foi de grande valia para sistemas jurídicos e religiosos, que no fundo se confundem e acabam tendo o mesmo objetivo: responsabilizar o homem por suas ações, tornando possível deste modo, puni-lo ou no melhor dos casos, recompensá-lo por ter agido de um modo e não de outro.


Mas de fato, nós somos livres? E se somos livres qual é o limite de nossa liberdade?
O conceito de liberdade como já foi comentado é um conceito complexo e entendido de maneiras diferentes. Há pensadores que defendem um conceito absoluto ou metafísico de liberdade; outros afirmam a necessidade da liberdade, mas considerando que a liberdade humana é sempre uma liberdade finita e condicionada; outros, ainda negam a existência da liberdade humana concebendo-a como uma ilusão acerca das nossas possibilidades reais. Estes pensadores são chamados deterministas, pois são de opinião que tudo o que acontece tem uma razão de ser e só julgamos que temos liberdade de escolha por não sabermos o que em nós atua. Assim sendo, cada ser humano seria simplesmente uma espécie de marionete, não tendo qualquer margem de escolha.
A sua conduta seria uma conseqüência de forças externas ou interiores, físicas ou psicológicas, que determinam necessariamente sem lhe conceder qualquer possibilidade de opção.
É neste contexto que se situam aqueles que acreditam que existe um destino ou um desígnio divino. Quando se diz que o homem está sujeito ao determinismo, significa que se acredita que qualquer força, seja econômica, social, ou biológica, obriga-o de tal forma que ele nada pode escolher por si mesmo e com liberdade. No fundo os defensores do determinismo afirmam que o homem é um prisioneiro de sua herança genética e divina.


Ao contrario dos que acreditam na pré-determinação dos fatos, existem aqueles que acreditam que os homens nascem livres e que são os únicos responsáveis por tudo que fazem e criam. Portanto por serem livres, criam a realidade e são capazes de mudá-la, como por exemplo, os sistemas de governos, de leis, etc. A liberdade para estes é a própria essência de tudo, por acreditarem que nossa existência precede a essência e por isso somos livres e também responsáveis pela nossa própria realidade. Ao depararmo-nos com uma cidade poluída, por exemplo, com rios poluídos, ruas repletas de automóveis, trânsito congestionado, violência de toda ordem, podemos perceber que tudo isso é conseqüência da livre manifestação dos desejos e da vontade individual e coletiva, e sendo assim, todos nós somos responsáveis pela realidade ou ao menos fazemos parte desta. Neste sentido todos sofrem pela ação do livre-arbítrio que cada ser humano possui, sendo esta liberdade que implica nos abusos, na exploração e no desrespeito uns aos outros.


De fato, o desenvolvimento humano em todas as dimensões é conseqüência da liberdade em busca da superação da própria existência desconhecida da humanidade.
A necessidade do homem em domesticar os animais na natureza, criar suas técnicas, suas armas, seus utensílios domésticos, suas moradas, formular conceitos, criar sistemas de governo, e fomentar as relações de poder entre uns e outros através das estratégias de guerra, exercitaram sua criatividade, astúcia e inteligência e expressaram seu livre arbítrio. E em busca de domínio territorial exploram os mares e a natureza de todas as formas, jeitos e maneiras. Continuam a marcha de sua liberdade explorando tudo, inclusive a si mesmos.
Os homens continuam matando, trucidando seus semelhantes como há milênios passados.


E assim todos os seres humanos nascem livres, desprovidos de qualquer conceito de verdade e à medida que vão crescendo e se desenvolvendo é que vão assimilando esta ou aquela teoria, esta ou aquele crença. Ninguém nasce pronto e acabado. Somos seres em permanente construção é só a liberdade existencial nos permite apreender e definir ou não nosso caminho. A liberdade humana resulta-se da dualidade presente na natureza, e tal qual a natureza seus feitos, por isso a liberdade é uma prerrogativa, um imperativo da natureza que tudo transforma, que tudo muda, e nós somos conseqüência desta liberdade de ação e reação.


Portanto a nossa liberdade só vai até onde as leis da natureza não se impõem. A partir do momento que estas leis são executadas, nossa liberdade é subtraída por uma força muito maior como, por exemplo, a morte, a fome, a dor, o frio, o calor, o envelhecimento.

Por mais que sejamos livres para buscar superar as condições impostas pela natureza, ainda assim a natureza não negocia seus direitos e estamos permanentemente sujeitos a ela.


Em quase 40 anos estudando a Cultura Racional contida nos livros Universo em Desencanto, pude constatar que existe uma realidade que é quase impossível ao senso comum perceber ou até mesmo aos homens das ciências. O senso comum por não buscar uma explicação e os homens da ciência por buscarem na própria ciência uma explicação sem nunca questionar a própria ciência, tomando a ciência como verdade absoluta e não permitindo nada que não seja deste campo.

E assim pude perceber que existem outros saberes que podem sim explicar a origem de nossos problemas, sem precisar dos pilares e das bases da ciência para se constatar.


A Cultura Racional nos leva a uma dimensão de reflexão tão profunda e um nível de consciência tão elevado que passamos a compreender os fenômenos da natureza humana, nos conduzindo para dentro de nós mesmos, nos tornando observadores de nossa própria realidade e conectando-nos a um universo até então desconhecido, que somos nós mesmos. Tornando-nos assim seres integrais, plurais e universais por passarmos a nos conhecer internamente melhor do que externamente e isso nos permite compreender o que significa a verdadeira liberdade. É quando passamos a usar a vontade com limite, pois passamos a conhecer a causa, a raiz e as forças que nos impulsionam a agir deste ou daquele modo, adquirindo com isso um perfeito equilíbrio emocional e existencial.


Boa Reflexão.
A porta que nunca se fecha é o Arco do Triunfo Racional.


ESTUDEMOS A CULTURA RACIONAL NOS LIVROS UNIVERSO EM DESENCANTO!


Salve!!
Colaboração: ARTHUR DAMACENO.





ESTE BLOG REPRESENTA A UNIÃO CONSOLIDADA DE PESSOAS 
QUE SE IMPORTAM, DIA E NOITE E, NOITE E DIA COM 
A RECUPERAÇÃO DO EQUILÍBRIO DA HUMANIDADE.

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